Segundo a agência France-Presse (AFP), aqueles automóveis têm uma bagageira com probabilidade de “abrir inesperadamente durante a condução, o que […] apresenta riscos de segurança”, disse o regulador do mercado (SAMR) num comunicado.
A medida diz respeito a três lotes de viaturas produzidas entre 2015 e 2020 e inclui 19.700 Modelo S, para um problema potencial relacionado ao desalinhamento de um dos fechos da bagageira localizados na frente do veículo.
Os outros 180 mil veículos são do Modelo 3, cujas repetidas aberturas e fechos da bagageira podem danificar um cabo da câmara de marcha-atrás, informou o regulador.
A Tesla inspecionará os veículos afetados gratuitamente, disse o SAMR, citado pela AFP.
O anúncio surge um dia após a chamada de quase meio milhão de Tesla nos Estados Unidos por questões idênticas.
Já em junho, o construtor americano tinha chamado 285 mil viaturas na China após uma anomalia no ‘software’ de condução assistida.
A Tesla enfrentou inúmeras reclamações este ano na China sobre alegados problemas de qualidade e de serviço.
Na primavera, a insatisfação de um cliente no Salão do Automóvel de Xangai gerou críticas contra a marca. Em cima do teto de um Tesla, afirmou ter quase morrido devido a uma falha no sistema de travagem do seu veículo.
As imagens tornaram-se virais.
A China é o mercado mais importante da marca. A empresa de Elon Musk construiu a sua terceira fábrica em Xangai, na China, em 2019, e um quarto da sua produção total é vendida no país.
A Tesla também quer recolher 475.318 dos seus veículos nos Estados Unidos devido ao mau funcionamento da câmara traseira, que pode aumentar o risco de colisão, e à abertura involuntária do capô, foi anunciado na quinta-feira.
Segundo dados do regulador National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), em causa estão 356.309 veículos Tesla do modelo três, produzidos entre 2017 e 2020, com problemas na câmara traseira, que poderá ter sido danificada pelo fecho a abertura da bagageira.
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