A descoberta foi revelada no fim de dezembro nos Cadernos de Pré-História e Arqueologia, revista científica periódica da Universidade Autónoma de Madrid.
A imprensa espanhola repercutiu a descoberta nesta semana, quando perfaz exatamente um ano desde o gigantesco nevão Filomena, que paralisou boa parte do país no início de 2021 e também causou perturbações no ecossistema, obrigando alguns animais a procurar comida em lugares diferentes dos habituais.
Segundo o artigo publicado pelos arqueólogos, as moedas foram encontradas na caverna de La Cuesta, em Berció, nas Astúrias, "entre toda a areia extraída possivelmente por um texugo, à entrada da sua toca".
Um morador da região viu as moedas e alertou as autoridades. Em abril do ano passado, um grupo de investigadores e arqueólogos foi até o local para recolher as moedas e desenterrar as que ainda estavam sob o solo.
"Trata-se de um conjunto de 209 peças de entre os séculos III e V", originárias "do norte e do Mediterrâneo oriental", de lugares como Antioquia, Constantinopla, Tessalónica, Roma, Arles, Lyon e, inclusive, Londres, segundo o artigo.
Os investigadores, que qualificaram a descoberta de "excepcional", sugerem que as moedas foram depositadas no local perante "um contexto de instabilidade política", principalmente por causa da invasão dos suevos, um povo germânico, no noroeste da Península Ibérica.
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