O presidente norte-americano, Donald Trump, tinha anunciado este sábado que se submeteu ontem ao teste para o novo coronavírus, mas que só teria acesso ao resultado nos próximos dias.
Segundo a AFP, o médico da Casa Branca veio já confirmar o resultado negativo do exame. "Recebi esta noite a confirmação de que o teste de Trump deu negativo", anunciou Sean Conley. "Uma semana após jantar com a delegação brasileira em Mar-a-Lago, o presidente continua sem apresentar sintomas", referiu.
Até aqui, o presidente tinha-se refugiado na ausência de sintomas para recusar fazer o teste — quando se sabe, há muito, que uma pessoa infetada com Covid-19 pode não apresentar sintomas durante vários dias.
Donald Trump, que tem sido acusado de minimizar o impacto da epidemia de Covid-19 e de ter sido lento na resposta sanitária, esteve em contacto, no fim de semana passado, na sua residência em Mar-a-Lago, na Florida, com duas pessoas entretanto testadas positivamente para o coronavírus.
O seu médico oficial, Sean Conley, considerou, ainda assim, que o risco de contágio era "baixo", porque aqueles encontros foram breves.
A Casa Branca anunciou hoje que, "por precaução", vai passar a medir a temperatura de todas as pessoas que estejam "em contacto próximo" com Trump e o vice-presidente, Mike Pence, responsável por coordenar o combate à epidemia e que hoje assegurou que os testes de despistagem serão "gratuitos para todos os americanos".
Os viajantes estrangeiros provenientes da maioria dos países europeus, incluindo Reino Unido e Irlanda, estão interditos de entrar nos Estados Unidos.
O novo coronavírus foi detetado pela primeira vez em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassa agora os 151 mil, com registos em 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.
A Organização Mundial da Saúde declarou entretanto que o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou hoje 175 novas mortes e que regista 1.441 vítimas fatais.
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