“Não se trata só de apresentar um bolo financeiro. Mais importante do que o bolo financeiro é saber exatamente onde é que estão as carências e colmatá-las de forma célere e eficaz, dando dignidade a essas famílias”, frisou.
Segundo Vera Machado, “os serviços de Ação Social têm, neste momento, cerca de 30 pedidos de habitação, alguns deles enquadráveis em habitação social, outros em arrendamento acessível”.
Destes pedidos, 65% “são na União de Freguesias Tondela Nandufe e as tipologias mais necessárias o T1 e o T3”, referiu a vereadora, acrescentando que se trata “de famílias maioritariamente portuguesas e na qualidade de trabalhadores por conta de outrem”.
A presidente da Câmara Municipal de Tondela, Carla Antunes Borges, salientou que as candidaturas ao PRR são muito importantes porque permitirão novas respostas às carências habitacionais deste concelho do distrito de Viseu.
Um dos edifícios que a autarquia quer requalificar é a antiga Pensão Matos, no centro histórico da cidade de Tondela, que beneficiará de uma intervenção de 1,7 milhões de euros.
Só neste edifício, que a autarquia comprou por mais de 200 mil euros, surgirão 13 apartamentos, que serão colocados no mercado com rendas acessíveis, consoante as taxas de esforço das famílias.
Carla Antunes Borges sublinhou que, com a Estratégia Local de Habitação, a autarquia pretende também “contribuir para que os núcleos urbanos, nomeadamente esta zona envolvente aos Paços do Concelho, ganhem nova dinâmica”, atraindo “mais pessoas para viverem no centro histórico”, que depois ajudarão a dar vida ao comércio local.
A Câmara comprou também sete imóveis a privados (seis na sede do concelho e um em Molelos) que serão colocados numa bolsa de arrendamento acessível, a gerir pelos serviços de Ação Social. Hoje, foram celebrados os contratos de promessa de compra e venda destas habitações, que em breve ficarão disponíveis e que representaram um investimento de 778 mil euros.
“Não temos estas candidaturas aprovadas. Estamos com bastante expectativa em relação à sua aprovação, mas isso não nos limitou na aquisição dos imóveis que adquirimos com receitas próprias. A nossa expectativa é que estas candidaturas venham a ter financiamento a 100% para termos uma resposta rápida, ativa e operacional”, afirmou Carla Antunes Borges.
No âmbito do programa 1.º Direito, foram submetidas 14 candidaturas, um investimento de 977 mil euros que beneficiará agregados familiares carenciados em 10 freguesias do concelho.
O arrendamento de dois fogos para subarrendar (um investimento anual de 30 mil euros) e os projetos de habitação a custos acessíveis no âmbito de um protocolo entre a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, com o apoio da autarquia, foram outras candidaturas apresentadas.
No caso dos últimos projetos está prevista a realização de obras em 11 fogos disponibilizados por quatro juntas de freguesia, empreitadas orçadas em 1,4 milhões de euros que já foram aprovadas pelo PRR.
Vera Machado frisou que a Estratégia Local de Habitação é “um instrumento dinâmico”, que está “em permanente adaptação e atualização”, e lembrou que, desde 2020, muitas foram as mudanças sociais e demográficas.
“Estamos a preparar mais candidaturas, quer na qualidade de entidade beneficiária, quer de beneficiários diretos”, avançou a vereadora, prometendo novidades para breve.
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