"Vamos ter alguns milhares de trabalhadores de todo o país neste protesto, que vão certamente encher o largo junto ao parlamento, para reafirmar que a proposta de lei que está em discussão na Assembleia da República vai agravar ainda mais a legislação do trabalho, pois em vez de avançar nos direitos, legitima e agrava a precariedade, e não revoga a caducidade na contratação coletiva", disse à agência Lusa João Torres, da Comissão Executiva da CGTP.

Segundo o sindicalista, a manifestação será sobretudo composta por dirigentes e ativistas sindicais e por trabalhadores que estão envolvidos em lutas nas suas empresas.

"Mas esperamos também a participação de trabalhadores da região de Lisboa que se mobilizem para o protesto”, afirmou.

A Intersindical tem contestado a proposta de lei do Governo, porque considera que esta altera, para pior, a legislação laboral, nomeadamente ao alargar o período experimental de três para seis meses, ao passar de 15 para 35 dias os contratos de muito curta duração e ao instituir o banco de horas grupal.

"Numa altura em que era necessário melhorar as condições de trabalho, esta proposta de lei vai fazer exatamente o contrário e piorar a legislação laboral", disse João Torres.

A manifestação será antecedida de três pré-concentrações, ao início da tarde, cujos participantes se deslocam depois, em desfile, até ao largo junto à Assembleia da República, em Lisboa.

No largo Luís de Camões concentram-se os trabalhadores dos distritos de Lisboa, Castelo Branco, Leiria e Santarém, liderados pelo secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

No largo do Rato juntam-se os trabalhadores dos distritos do Porto, Viana, Vila Real, Bragança, Braga, Viseu, Coimbra, Guarda e Aveiro.

No largo de Santos concentram-se os trabalhadores dos distritos de Setúbal, Portalegre, Faro, Beja e Évora.

Junto à Assembleia da República decorrerão intervenções sindicais setoriais e a intervenção de encerramento ficará a cargo do secretário-geral da CGTP-IN.