"Nos três plenários realizados esta quinta-feira houve apenas cinco votos contra e pouco mais de uma dezena de abstenções", sublinhou Fausto Dionísio, acrescentando que os trabalhadores reclamam também a atribuição de um prémio de 1.000 euros no início de 2019.
"Este prémio será uma compensação pelo pagamento do trabalho ao domingo como um dia normal até final deste ano", justificou o coordenador da Comissão de Trabalhadores.
Fausto Dionísio lembrou que os trabalhadores da Autoeuropa vão ter de trabalhar ao domingo com a implementação dos novos horários de laboração contínua a partir do final de agosto e que a administração da empresa reconheceu não ter possibilidade de proceder a qualquer aumento das remunerações até final do ano em curso.
Os trabalhadores esperam, no entanto, que a administração da fábrica os compense por este período, até final do ano, em que os domingos vão ser remunerados como um dia normal de trabalho, com um prémio de 1.000 euros no início de 2019.
Os trabalhadores da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela consideram que o trabalho aos sábados e aos domingos deve ser remunerado de forma igual, ou seja, defendem que o trabalho ao sábado e ao domingo deve ser pago a dobrar, valor que deverá ser acrescido de mais 25% do prémio trimestral de produtividade, caso sejam cumpridos os objetivos da fábrica.
Além destas reivindicações, os trabalhadores da Autoeuropa defendem ainda a integração no quadro de pessoal, até setembro de 2019, de mais 400 trabalhadores com contrato a termo, a garantia da empresa de que não fará nenhum despedimento coletivo durante a vigência do acordo, bem como a entrega extraordinária da quantia de 100 mil euros para o Fundo de Pensões, a dividir de forma igual por todos os trabalhadores aderentes.
O caderno reivindicativo aprovado hoje pela esmagadora maioria dos funcionários da Autoeuropa deverá ser entregue à administração da empresa na próxima ronda negocial, que, segundo a Comissão de Trabalhadores, poderá ter lugar já na próxima terça-feira.
Comentários