Segundo fonte sindical, os cerca de 3 mil trabalhadores que participaram nos plenários realizados na segunda-feira aprovaram uma resolução a confirmar a rejeição dos novos horários e a realização da greve convocada.

As compensações financeiras prometidas pela administração da Autoeuropa, um adicional de 175 euros por mês e mais um dia de férias para além das regalias previstas na legislação para o trabalho por turnos, não foram suficientes para demover os trabalhadores da Autoeuropa, que não aceitam a obrigatoriedade do trabalho ao sábado.

Segundo o Sitesul - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, para os trabalhadores da Autoeuropa não se trata de uma questão de dinheiro, mas da obrigatoriedade de trabalharem todos os sábados durante dois anos, período de tempo em que os trabalhadores só teriam dois dias de folga consecutivos de três em três semanas.

De acordo com o sindicato, os trabalhadores da Autoeuropa não receiam uma eventual deslocalização da produção do novo veículo T-Roc atribuído à fábrica de Palmela, até porque grande parte do investimento em causa foi suportado pelo governo português.

Para o coordenador do Sitesul, Eduardo Florindo, algumas declarações a alertarem para o perigo de uma eventual deslocalização da produção "constituem apenas uma forma de pressão para que os trabalhadores aceitem os novos horários".

Os novos horários propostos pela administração da Autoeuropa foram previamente negociados com os representantes dos trabalhadores, mas o pré-acordo foi rejeitado por mais de 74% dos funcionários da empresa, pelo que a Comissão de Trabalhadores apresentou o pedido de demissão.

As eleições para a nova Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa estão marcadas para 3 de outubro.

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