“Em unidade e como reflexo do descontentamento crescente dos trabalhadores, está marcada para 24 de janeiro uma concentração nacional, em Lisboa (junto da sede da EDP, na Avenida 24 de Julho), e uma greve de 24 horas, em todas as empresas do grupo, pela correção de injustiças e pela valorização da experiência profissional”, anunciou a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas – CGTP-IN (Fiequimetal), em comunicado.
Os trabalhadores exigem subidas nas bases remuneratórias e generalização da remuneração por antiguidade, as chamadas diuturnidades, e destacam os lucros de 956 milhões de euros registados pela empresa nos primeiros nove meses de 2023 (mais 83% do que no mesmo período de 2022).
“Em 2021 e 2022, os lucros superaram 1.100 milhões de euros, por ano, e os acionistas decidiram arrecadar para si próprios, em dividendos, mais de 1.500 milhões de euros. Para este ano preparam-se para mais um belo repasto, neste caso de 795 milhões de euros. E os trabalhadores, dos mais jovens aos mais velhos, como ficam no meio de tudo isto?”, refere a mesma nota.
A federação sindical realçou que o descontentamento dos trabalhadores, que se sentem desvalorizados, tem sido notório “na boa adesão à greve às horas extraordinárias”, desde 01 de dezembro, que tem tido “impactos concretos na reposição de avarias e em trabalhos programados”.
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