![Trabalhadores da EGEAC entregam](/assets/img/blank.png)
Em declarações à agência Lusa, Luis Dias, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), contou que a iniciativa, inspirada no poema “Todas as cartas de amor são ridículas”, de Álvaro de Campos, traduz a desilusão dos trabalhadores perante a ausência de respostas da empresa a direitos como os aumentos salariais, a reclassificação profissional e a medicina de trabalho.
“O objetivo é entregar 200 ‘cartas de amor’ assinadas pelos trabalhadores ao conselho de administração da EGEAC, para relembrar as revindicações e as respostas que não chegaram”, disse.
O sindicalista lembrou que, depois da greve de novembro, a EGEAC ficou de reunir com os trabalhadores em janeiro e até agora isso não aconteceu.
Entre as principais revindicações dos trabalhadores está, segundo o STML, o aumento dos salários com base na proposta sufragada pelos trabalhadores de 15%, com um mínimo de 150 euros, que vem sendo reivindicado ao longo dos últimos dois anos, mas sendo sempre negado pelo conselho de administração.
“Exigem também o direito à medicina de trabalho, que tem sido negligenciado há mais de dois anos, e a integração nos quadros da empresa, através de contratos de trabalho efetivos, de todos os trabalhadores com contrato a termo”, disse.
A reposição da justiça entre trabalhadores que desempenham as mesmas funções, mas possuem níveis salariais desiguais, com a reclassificação salarial necessária e o respeito pelo direito à conciliação entre a vida pessoal e familiar, nomeadamente no que respeita aos horários de trabalho, são outras das revindicações.
Os trabalhadores da EGEAC pedem, igualmente, o alargamento da contratação de trabalhadores para todos os equipamentos onde existe falta de meios humanos e o aumento do investimento na melhoria das condições de trabalho.
“Num gesto que simboliza a luta por um amor correspondido, com estas cartas os trabalhadores querem demonstrar que, apesar da sua dedicação, continuam a ser defraudados nas suas condições laborais”, disse.
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