A paralisação foi convocada pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL) e abrangerá os cerca de 600 motoristas, disse à Lusa o sindicalista João Casimiro.

“Não faz sentido um motorista de transportes públicos, com a responsabilidade que atualmente tem e sujeito à pandemia, como nós temos estado, com o ordenado mínimo nacional. Ainda para mais somos uma classe especializada”, justificou o presidente do SITRL.

Atualmente, o ordenado médio de um trabalhador da RL é de cerca de 700 euros (brutos), enquanto o ordenado mínimo nacional é de 665 euros.

João Casimiro ressalvou que a ação de protesto acontece depois de o sindicato, após “várias tentativas”, não ter conseguido chegar a um entendimento com a administração da empresa.

“Eu sei que é complicado e não era de todo a nossa intenção, ainda para mais nesta altura [pandemia]. Nós não queremos ser de todo um meio para aumentar a transmissão da covid, mas também temos as nossas razões”, apontou.

O presidente da SITRL referiu ainda que os trabalhadores “assegurarão os serviços necessários à segurança e manutenção dos equipamentos e instalações”, e também a “prestação dos serviços mínimos e indispensáveis à satisfação das necessidades da empresa”.

A Lusa contactou a Rodoviária de Lisboa, mas não obteve resposta. No seu ‘site’, a empresa indica ter recebido o pré-aviso de greve, “podendo verificar-se alguma perturbação no funcionamento normal do serviço”.

A Rodoviária de Lisboa abrange os concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, servindo cerca de 400 mil habitantes.

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