Contactada pela agência Lusa, a fonte da concessionária da autoestrada disse que “a sinalização dos trabalhos de limpeza realizados na berma direita da A6 estava a ser cumprida pela ArquiJardim”, a empresa responsável pela execução dessa intervenção.

A mesma fonte da Brisa acrescentou ainda que a sinalização estava “conforme os procedimentos de segurança adequados para este tipo de intervenção”.

Fonte da Brisa tinha já adiantado à SIC que os trabalhos na A6, no dia e no local do acidente envolvendo a viatura do ministro Eduardo Cabrita, que provocou a morte de um trabalhador, estavam devidamente sinalizados.

Estes esclarecimentos por parte da empresa concessionária da autoestrada diferem das explicações dadas pelo Ministério da Administração Interna (MAI), em comunicado no dia 19 que referia que não existia sinalização no local.

Nesse comunicado, o MAI esclareceu que não existia sinalização para alertar os condutores dos “trabalhos de limpeza em curso” na A6 quando a viatura do ministro atropelou mortalmente um trabalhador.

Segundo o ministério tutelado por Eduardo Cabrita, o veículo “não sofreu qualquer despiste” e “circulava na faixa de rodagem, de onde nunca saiu, quando o trabalhador a atravessa”.

“O trabalhador atravessou a faixa de rodagem, próxima do separador central, apesar de os trabalhos de limpeza em curso estarem a decorrer na berma da autoestrada”, referia o mesmo comunicado.

O acidente nesta autoestrada, que liga Marateca à fronteira do Caia, em Elvas (distrito de Portalegre), ocorreu “por volta das 13:00”, ao quilómetro 77, na zona do concelho de Évora, no sentido Évora - Lisboa, segundo divulgou na altura a GNR.

A vítima mortal, um trabalhador de uma empresa que realizava trabalhos de manutenção da via, ainda “foi assistido”, mas “acabou por falecer no local”, assinalou à Lusa, nesse dia, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora.

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do trabalhador, “como sempre acontece neste tipo de situações”, ou seja, em acidentes rodoviários com mortos, segundo fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) abriu igualmente um inquérito interno sobre as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente.

Segundo o MAI, o sinistro está em investigação pelo Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação (NICAV) de Évora da GNR.

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