Segundo o comunicado da autarquia, vão ser montados “dispositivos hidráulicos para elevar o tabuleiro com vista a colocar esta estrutura e o pilar na posição correta”.
A intervenção não vai ter “qualquer impacto na circulação ferroviária”, refere o município, lembrando que o trânsito mantém “fortes condicionamentos”.
O trânsito na zona de Alcântara continuava pelas 17:00 condicionado devido à deslocação de um pilar do viaduto, que passa por cima das avenidas da Índia e Brasília, entre a Avenida de Ceuta e as Docas.
“O trânsito está um bocadinho mais condicionado, mas é normal que vá agravando ao fim do dia devido ao número de carros que vão passar no local com as saídas dos empregos”, disse à Lusa fonte da Divisão de Trânsito da PSP.
A circulação de trânsito na avenida da Índia – artéria localizada por debaixo do viaduto de Alcântara — foi interrompida hoje às 08:00.
“O trânsito está desviado. Não há carros a passar por debaixo do viaduto” através da avenida da Índia, referiu a PSP pelas 17:00, explicando que na avenida Brasília – artéria paralela à avenida da Índia e que também se localiza por debaixo do viaduto de Alcântara – o trânsito está a circular normalmente.
“A circulação rodoviária sobre o viaduto vai continuar encerrada. Já se mobilizaram todos os meios técnicos para fazer a reparação do tabuleiro e normalizar as condições de funcionamento do viaduto”, sublinha a nota da autarquia.
Além das perturbações no trânsito rodoviário, a circulação ferroviária na linha de Cascais entre Algés e Cais do Sodré foi interrompida às 08:00, tendo sido retomada às 11:00 nos dois sentidos, embora com uma limitação de 10 quilómetros/hora neste troço.
Pelas 17:00 de hoje, fonte da empresa Comboios de Portugal (CP) disse à Lusa que “a circulação continua a processar-se com redução de velocidade no troço de Alcântara até que a questão [do viaduto] esteja resolvida”.
Apesar da redução de velocidade no troço Algés – Cais do Sodré, a circulação na linha ferroviária de Cascais “está a decorrer com regularidade”, indicou a CP.
De acordo com o vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, “não há qualquer risco de colapso do viaduto” de Alcântara, apesar do desvio na infraestrutura.
O incidente estará relacionado “com o provável embate de um pesado durante a noite”, referiu Manuel Salgado.
O comunicado camarário indica também que “todos os indícios apontam para que o desvio [do pilar] tenha sido causado pelo embate de um veículo pesado na guarda superior do viaduto”.
Em relação à intervenção a realizar no viaduto, o autarca disse ao final da manhã que “não é muito complexa”, explicando que “é a montagem de umas torres e de uns macacos hidráulicos para levantarem o tabuleiro e encaixar na posição correta”.
O vereador Manuel Salgado referiu ainda que foi feita uma inspeção ao viaduto no dia 13 de fevereiro, o que é reafirmado no comunicado do município.
A autarquia dá conta de exames regulares pelos serviços técnicos competentes e de não ter sido detetada qualquer anomalia.
“O viaduto estava em boas condições. A sua estrutura foi reforçada em 2005″, acrescentou Manuel Salgado no local.
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