A caça à baleia cinzenta é uma "tradição sagrada" para a Tribo Makah há pelo menos 2.700 anos, conta o The Guardian. Contudo, nas últimas décadas tem enfrentado um escrutínio severo por parte dos conservacionistas, pelo que a tribo, localizada no estado de Washington, tem vindo a travar uma longa batalha legal para tentar retomar a prática histórica.

Agora, a situação pode estar finalmente a preparar-se para uma resolução e começa-se a falar em conceder à tribo uma renúncia especial para permitir a caça à baleia.

O Departamento de Comércio dos EUA decidiu apoiar a tribo com uma revogação parcial da Lei de Proteção dos Mamíferos Marinhos, que proíbe o abate de mamíferos marinhos.

Neste sentido, o juiz de direito administrativo George J Jordan emitiu uma recomendação que a população de baleias cinzentas do Pacífico Norte Oriental "não será prejudicada" pela captura autorizada dos animais, que "não afetará significativamente a sua distribuição, reprodução ou hábitos migratórios" — o que pode ter grande peso na decisão final.

Segundo o documento, a tribo Makah poderia caçar durante apenas quatro meses a partir de 1 de julho em anos ímpares — e apenas até duas baleias cinzentas do Pacífico Norte Oriental. Nos anos pares, seriam autorizados a caçar durante seis meses, com início a 1 de dezembro, no máximo três animais.

Todavia, têm surgido grupos que são contra a caça à baleia, argumentando que a tribo já não precisa destes animais para o seu sustento ou que precisam de ser protegidas.

A decisão vai ficar a cargo da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), mas ainda não se sabe quando será tomada.