“Esta iniciativa tem o objetivo de defender a ADSE que, neste momento, está a ser atacada e apetecida por muita gente”, afirmou à agência Lusa a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila.
Segundo defendeu a dirigente sindical, a ADSE, sistema de saúde dos trabalhadores da administração pública, está a ser “atacada, por um lado, pelos grupos privados que tudo têm feito para não resolver problemas como coisas que estão por pagar” e, por outro, é “apetecível por grupos e partidos que pretendem abrir a ADSE e criar um serviço de saúde ao lado do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.
Ana Avoila sublinhou que a ADSE “é fundamental como sistema complementar” e que “o SNS nunca poderá ser beliscado” por aquele regime.
Por sua vez, Francisco Braz, sindicalista e atual membro do Conselho Geral de Supervisão da ADSE, destacou que “desde o início que a ADSE é património dos trabalhadores e assim deve permanecer”.
Uma das propostas do CDS-PP que integra o programa eleitoral do partido é o “alargamento da ADSE a todos os portugueses”, independentemente de terem ou não um vínculo laboral público.
Francisco Braz lembrou que a ADSE é financiada em exclusivo pelas contribuições dos trabalhadores e aposentados, que descontam todos os meses 3,5% do seu salário ou pensão para terem acesso a este sistema de saúde.
A coordenadora da Frente Comum afirmou ainda que outro dos problemas da ADSE é a falta de trabalhadores que faz com que haja atrasos nos pagamentos dos reembolsos aos beneficiários.
“Estamos com falta de 70 profissionais na ADSE, estamos com atrasos enormes na comparticipação porque não temos gente, e abriu-se um concurso geral em vez de ser um concurso dirigido, concorreram 30 mil pessoas e, portanto, nem daqui a dois anos” o problema está resolvido, considerou a sindicalista.
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