Fonte ligada ao processo explicou à agência Lusa que os juízes do tribunal superior julgaram improcedentes os fundamentos do recurso que pedia a concessão da liberdade condicional à investigadora, negada pelo Tribunal de Execução de Penas.

Maria de Lurdes Lopes Rodrigues, detida em a 29 de setembro de 2016, está a cumprir, na cadeia de Tires, uma pena de três anos de prisão por “difamação e injúria contra juízes e magistrados dados como ocorridos, em instalações do Estado português, o que foi qualificado como perturbação de órgão constitucional e ofensa agravada a pessoa coletiva”.

Entre os magistrados considerados injuriados estão, segundo várias notícias, o ex-procurador geral da República Pinto Monteiro, a procuradora Maria José Morgado e o antigo diretor da PJ Almeida Rodrigues.

Maria de Lurdes Rodrigues, com formação na área do cinema, foi condenada em 2000 e a sentença transitou em julgado em 2012 após uma batalha judicial.

O processo administrativo teve início em 1996, quando Maria de Lurdes contestou a perda de uma bolsa de estudo em Cinema – quando Manuel Maria Carrilho era ministro da Cultura. Quando o Supremo Tribunal Administrativo não lhe deu razão, a bolseira acusou um juiz de corrupção.