Segundo o canal, a ajuda humanitária entrou no país pela passagem de Bab al-Hawa, entre o território turco e a província de Idlib, e dirigiu-se para a capital com o mesmo nome.

A Turquia é o principal apoiante da coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham ou HTS, em árabe) que, juntamente com outras fações, derrubou o governo sírio.

Na quinta-feira, o chefe dos serviços de informações turcos, Ibrahim Kalin, visitou Damasco, naquela que foi a primeira visita à capital síria de um alto funcionário estrangeiro desde a queda do regime.

De acordo com os meios de comunicação, Kalin rezou na histórica Mesquita dos Omíadas e reuniu-se com membros do novo governo interino.

A Turquia foi também o primeiro país a reabrir a sua embaixada na Síria depois da queda de Bashar al-Assad.

Depois da queda do regime, o Qatar, que anunciou a reabertura da sua delegação diplomática para breve, enviou dois carregamentos de ajuda humanitária através da Jordânia, que faz fronteira com o sul da Síria.

Os rebeldes declararam a 08 de dezembro Damasco ‘livre’ do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva da coligação liderada pelo HTS para derrubar o governo sírio.

O Presidente sírio, que esteve no poder 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde e asilou-se na Rússia, segundo as agências de notícias russas TASS e Ria Novost.

Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.

No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.