"O Estado Islâmico está numa campanha de genocídio cometendo atrocidades em todo o mundo", declarou Trump na base de MacDill, em Tampa, na Florida.
Depois de denunciar que os "terroristas islâmicos radicais" estão determinados a atingir os Estados Unidos, afirmou que o mesmo acontece na Europa.
"Vocês viram o que aconteceu em Paris ou em Nice. Está a acontecer por toda a Europa. Chegámos a um ponto em que (os ataques) não são sequer a ser relatados pela imprensa", afirmou, sem citar exemplos.
"E, em muitos casos, a imprensa muito, muito desonesta não quer relatar esses ataques", insistiu Trump.
"Têm os seus motivos, e vocês percebem isso", insinuou, novamente sem citar exemplos, ou sem apresentar elementos concretos para sustentar as suas declarações.
Questionado pouco depois sobre essa surpreendente declaração do Presidente, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, prometeu dar "uma lista mais tarde" e garantiu que há "muitos exemplos" de meios de comunicação que não fizeram "a cobertura que teria sido justificável".
Estas afirmações surgem dias depois da sua assessora na Casa Branca, Kellyanne Conway, ter também acusado a imprensa de não ter feito a cobertura de um alegado massacre nos Estados Unidos durante a Administração Obama. No entanto, é possível que o "massacre" não tinha sido coberto pela imprensa, porque nunca aconteceu.
Conway - ex-chefe da campanha eleitoral de Trump e agora sua assessora na Casa Branca - ficou conhecida do grande público em janeiro ao introduzir o conceito de "factos alternativos" para justificar a opinião da Casa Branca. A expressão foi usada depois de o porta-voz do Executivo americano, Sean Spicer, ter afirmado que a multidão que acompanhou a posse de Trump foi a maior da história no país, uma afirmação questionada desde o momento em que ocorreu. Em entrevista, Kellyanne Conway afirmou: "vocês dizem que é falso. Mas Sean Spicer, o novo secretário de imprensa, ofereceu factos alternativos a isto", comentou.
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