Em tom de ameaça, Trump avisa Moscovo: “Prepara-te Rússia, porque eles [mísseis] estão a chegar, bons e novos e inteligentes!“, escreveu o presidente norte-americano na rede social.

Na mesma publicação Trump acrescenta: “Vocês não deveriam ser parceiros de um ‘animal de gás assassino’ que mata pessoas e gosta!”.

O aviso chega em resposta às declarações do embaixador da Rússia no Líbano, Alexander Zasipkin, que disse que quaisquer mísseis lançados pelos Estados Unidos contra a Síria serão abatidos pelas forças russas.

Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado norte-americano referiu ainda na mesma ocasião que não existiam opções fora da mesa.

Já na terça-feira, os Estados Unidos, apoiados por aliados como França e o Reino Unido, admitiram uma resposta militar para eliminar a ameaça de ataques químicos pelas forças do regime de Bashar al-Assad.

E Trump anunciou o cancelamento da sua deslocação à Cimeira das Américas, no Peru, e à Colômbia para “supervisionar a resposta norte-americana em relação à Síria” e acompanhar os acontecimentos internacionais.

A Síria nega qualquer utilização de armas químicas, assim como a Rússia, principal aliado do regime sírio, que afirmou que eventuais ataques ocidentais teriam “graves consequências”.

Hoje, Moscovo advertiu contra qualquer ação na Síria que possa “desestabilizar a situação já frágil na região”.

“Esperamos que todas as partes evitem qualquer ação que não seria justificada e que poderia desestabilizar a situação, já frágil, na região”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, à imprensa.

Organizações apoiadas pelos Estados Unidos denunciaram que pelo menos 42 pessoas, entre as quais várias crianças, morreram em Douma, o último bastião rebelde em Ghouta oriental, nos arredores de Damasco, com sintomas associados a um ataque com armas químicas.

O ataque contra Douma ocorreu dias depois de Trump ter reiterado a sua disposição para deixar a Síria.