Segundo aquela agência das Nações Unidas, os pacientes assistidos nos serviços de saúde mostravam “sinais de irritação severa das mucosas, falência respiratória e perturbação do sistema nervoso central”.
A OMS, que não confirma definitivamente ter-se tratado de um ataque com armas químicas, pede “acesso livre” à cidade de Douma para verificar os relatos.
A organização cita também relatos sobre a morte de mais de 70 pessoas em abrigos subterrâneos, afirmando que 43 dessas vítimas manifestavam sinais “consistentes com a exposição a químicos altamente tóxicos”.
Mais de 40 pessoas morreram no sábado num ataque contra a cidade rebelde de Douma, que segundo organizações não-governamentais no terreno foi realizado com armas químicas.
A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que peritos russos que se deslocaram ao local não encontraram “nenhum vestígio” de substâncias químicas.
A Síria, que entrou no oitavo ano de guerra, vive um drama humanitário perante um conflito que já fez pelo menos 511 mil mortos, incluindo 350 mil civis, e milhões de deslocados e refugiados.
Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos ‘jihadistas’, e várias frentes de combate.
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