Trump falava a partir da Casa Branca, por ocasião de uma reunião com os membros da administração norte-americana.
“Foi atroz, horrível”, declarou o chefe de Estado norte-americano, numa referência ao ataque que classificou como um ato “hediondo contra inocentes”.
“Isto não pode ser tolerado”, acrescentou, prometendo “grandes decisões” por parte dos Estados Unidos nos próximos dois dias.
Em declarações à imprensa, Trump afirmou que pretende encontrar quem foi o responsável por este ataque que matou pelo menos 40 pessoas, entre as quais várias crianças, e que afetou outras centenas em Douma.
“Se é a Rússia, se é a Síria, se é o Irão, se são todos, vamos descobrir”, afirmou.
Segundo a organização não-governamental “Capacetes Brancos”, dedicada ao resgate de vítimas das zonas sob controlo dos rebeldes, o alegado ataque químico contra Douma, o último bastião rebelde em Ghouta oriental, nos arredores de Damasco, foi conduzido pelas forças do regime do Presidente Bashar al-Assad, que é um aliado próximo da Rússia.
A Síria culpou, entretanto, Israel por um ataque com mísseis contra uma base aérea de Homs (centro), realizado hoje de madrugada, que matou 14 pessoas, incluindo três iranianos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas realiza hoje uma reunião de emergência para abordar o ataque em Douma.
O ataque contra Douma ocorreu dias depois de Trump ter reiterado a sua disposição para deixar a Síria.
A Síria, que entrou no oitavo ano de guerra, vive um drama humanitário perante um conflito que já fez pelo menos 511 mil mortos, incluindo 350 mil civis, e milhões de deslocados e refugiados.
Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos ‘jihadistas’, e várias frentes de combate.
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