A notícia chega um dia antes do anúncio prometido por Trump, que deverá ser feito a partir da sua mansão na Florida, existindo rumores de que ele esclarecerá a dúvida sobre uma possível recandidatura nas eleições presidenciais de 2024.

Com esta queixa, o movimento Campaign Legal Center pretende que as autoridades eleitorais federais investiguem a transferência de 20 milhões de dólares (cerca de 19.500 milhões de euros) entre duas organizações ligadas a Trump, acreditando que esse dinheiro se destina a patrocinar os esforços do ex-Presidente para regressar à Casa Branca.

Alegadamente, o dinheiro terá sido transferido do Comité de Ação Política (PAC, na sigla em inglês) de Trump, intitulado Save America, para a organização MAGA Inc., registada como uma estrutura política independente (Super PAC) junto das autoridades eleitorais, embora também esteja ligada ao ex-Presidente.

O PAC coordena as atividades de campanha de um candidato, mas os seus gastos são regulamentados, enquanto o Super PAC é uma organização de captação de recursos que pode angariar doações de pessoas físicas, jurídicas e sindicais, podendo gastar quantias ilimitadas de recursos.

De acordo com os regulamentos atuais, os candidatos federais não podem levantar mais de 2.900 dólares (cerca de 2800 euros) de um doador individual ou 5.000 dólares (cerca de 4.850 euros) de um PAC nas eleições primárias ou gerais, além de proibir os candidatos de coordenar as decisões de gastos com os Super PACs.

Na queixa, o Campaign Legal Center denunciou que a transferência do principal PAC do ex-Presidente para um Super PAC – com a intenção de gastar milhões de dólares para influenciar a eleição, incluindo a campanha de 2024 de Trump – é uma “tentativa flagrante” de evitar as restrições de financiamento federal, que a organização considera “cruciais” para evitar atos de corrupção.