Depois de teimosamente recusar ao longo do dia responder a perguntas sobre o senador republicano, que foi um dos poucos membros do seu partido a criticá-lo abertamente, Donald Trump divulgou uma declaração a elogiar o compromisso de McCain para com o seu país.

Nessa altura foi anunciado que a bandeira norte-americana na Casa Branca – que havia sido colocada a meia haste neste fim de semana e depois erguida hoje pela manhã – e nos edifícios públicos do país ficariam a meia haste durante o resto da semana até ao funeral de John McCain.

“Apesar das nossas diferenças políticas, eu respeito o compromisso do senador John McCain para com o nosso país”, lê-se num curto texto de Trump, divulgado dois dias após a morte de McCain, que foi torturado durante a guerra do Vietname.

Várias associações de veteranos haviam pedido ao Presidente norte-americano que mudasse sua postura e adotasse uma atitude de maior união.

O jornal Washington Post noticiou que, após a morte de McCain, vários funcionários, entre eles a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, e o chefe de gabinete de Donald Trump, John Kelly, defenderam a divulgação de um comunicado oficial no qual se chamava o senador de “herói” e se elogiava o seu serviço militar, em particular o desempenho no Vietname, onde foi prisioneiro de guerra.

Contudo, Trump rejeitou a versão final da declaração e disse que preferia reagir na sua conta da rede social Twitter, de acordo com o jornal que cita funcionários e ex-funcionários da Casa Branca.

A publicação no Twitter do Presidente dos Estados Unidos expressava a sua “mais profunda compaixão e respeito pela família”, mas não continha elogios à figura de McCain.

Através de um comunicado da Casa Branca hoje também foi confirmado que Donald Trump também não comparecerá às cerimónias fúnebres do senador John McCain.

Na nota é referido que, apesar de Trump não comparecer ao funeral, pediu a três altos funcionários para representá-lo: o secretário de Defesa, James Mattis, o seu chefe de gabinete e o seu conselheiro para a Segurança Nacional, John Bolton.

O porta-voz da família de McCain, Rick Davis, citado pelo The Washington Post, já havia adiantado que o Presidente Trump não tinha intenção de ir ao funeral.

No lugar do atual chefe de Estado, disse Rick Davis, estarão os ex-Presidentes Barack Obama (2009-2017) e George W. Bush (2001-2009), que tomarão a palavra nas exéquias a serem realizadas no próximo sábado, na catedral de Washington.

Um dia depois, o veterano da Guerra do Vietname será enterrado na base naval de Annapolis, em Maryland.

O senador do Arizona morreu no sábado, poucos dias depois de ter feito 82 anos, no seu rancho em Sedona, após 13 meses de luta contra um cancro no cérebro.

Vários media avançaram que McCain pediu especificamente que Donald Trump não participasse na cerimónia.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.