“Eu falei [com ela sobre a saída do Reino Unido da União Europeia]. Ela disse que é - e tem razão - um problema muito complexo. Julgo que ninguém tinha ideia de quão complexo seria”, afirmou o responsável, em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, hoje publicada.
De acordo com o Presidente dos Estados Unidos, “toda a gente pensava que [o ‘Brexit’] seria simples” e que, independentemente do resultado do referendo, “depois se veria o que aconteceria”.
Questionado sobre se a rainha precisou o que pensa sobre o ‘Brexit’, Donald Trump escusou-se a responder.
“Bem, eu não posso dizer […]. Uma pessoa simplesmente não revela as conversações com a rainha, certo? Você quereria fazer isso”, acrescentou.
Já falando “sobre o que podia falar”, Trump vincou que a monarca britânica “é uma mulher incrível, tão inteligente, tão bonita”.
“E quando digo bonita, digo por dentro e por fora”, reforçou, adiantando que a rainha Isabel II o fez recordar a sua mãe, que faleceu recentemente, e que era uma grande fã da monarca.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump, foram recebidos na sexta-feira pela rainha Isabel II no Castelo de Windsor.
O encontro incluiu um lanche com chá e não foi muito longo, após o qual o chefe de Estado norte-americano viajou para a Escócia, onde está a passar o fim de semana.
A visita à monarca britânica foi a última etapa de uma visita de trabalho de dois dias que começou na quinta-feira com um jantar no palácio de Blenheim, onde participaram empresários e personalidades de vários setores.
Trump foi recebido com protestos em várias cidades do Reino Unido, sobretudo em Londres, onde milhares de pessoas desfilaram nas ruas.
A contestação foi depois replicada na Escócia.
O Reino Unido vai deixar a União Europeia em 29 de março de 2019, dois anos após o lançamento oficial do processo de saída, e quase três anos após o referendo de 23 de junho de 2016 que viu 52% dos britânicos votarem a favor do ‘Brexit’.
Depois de, em dezembro do ano passado, ter sido aprovado um documento de entendimento sobre os termos da saída, em março foram aprovadas as linhas para um período de transição que vai prolongar-se até ao final de 2020.
Bruxelas e Londres têm até ao final deste ano para traduzirem estes acordos em textos jurídicos e assimilá-los nas respetivas legislações, ao mesmo tempo que negoceiam um futuro acordo comercial.
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