Estas afirmações sobre Hillary "são parte do jogo" a partir do momento em que os Clinton aparecem juntos na campanha, justificou o empresário milionário numa entrevista divulgada neste domingo pela rede ABC. "Está casada com um homem que foi o pior agressor de mulheres da história da política. Está casada com um homem que fez muitas mulheres sofrerem", declarou no sábado no estado de Washington. "Hillary foi cúmplice e tratou estas mulheres de forma espantosa", acrescentou o candidato. "E algumas destas mulheres ficaram devastadas, não por ele, mas pelo modo como ela as tratou!".
Estes novos ataques colocam em evidência a estratégia de Donald Trump para recuperar o eleitorado feminino, que desconfia das várias declarações misóginas que já proferiu: colocar no mesmo saco Bill e Hillary Clinton, e sugerir que ela é insensível ao sofrimento das mulheres.
Por sua vez, a pré-candidata democrata disse, neste domingo, que muitos republicanos que se distanciam de Trump manifestaram adesão à sua candidatura. "Evidentemente, estendo a mão a democratas, a republicanos, a independentes, a todos os eleitores que querem um candidato que realize uma campanha centrada nos problemas", disse Hillary à CBS. "Peço às pessoas que se juntem a esta campanha e recebi, nestes últimos dias, muitos pedidos de republicanos , que estão interessados em falar", acrescentou Hillary, de 69 anos, sem entrar nos destalhes destes contatos.
Um número crescente de líderes republicanos de primeira linha manifestou, desde a vitória do magnata imobiliário na terça-feira em Indiana e o abandono de seus últimos rivais, a sua adesão ao movimento "Qualquer um menos Trump". Entre eles, estão o candidato presidencial do partido em 2012, Mitt Romney, e os dois últimos presidentes republicanos, George W. Bush e seu pai, George H.W. Bush.
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