A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, já tinha referido que o telefonema deveria acontecer "muito em breve”. Mas foi Peter Navarro, conselheiro presidente dos Estados Unidos, que confirmou que o telefonema vai acontecer hoje.

Depois do aumento em 10% das taxas aplicadas a todos os produtos chineses, a notícia de retaliação de Pequim já era esperada. E face à resposta da China, que vai passar a implementar uma taxa de 15% sobre os produtos importados dos EUA, Donald Trump quis conversar com Xi Jinping.

A chamada está marcada para hoje, na qual deverá ser discutida a possibilidade de suspender as tarifas alfandegárias entre os dois países. O mesmo já foi feito entre os EUA e o Canadá e o México.

No que pode resultar esta conversa 

A conversa pode afetar a cotação do dólar e o mercado da bolsa, que altera em função do que for decidido. A bolsa americana já começa a acusar oscilações e a moeda chinesa (yuan) caiu 0,3% nos mercados offshore, 7,3340 dólares. As negociações do yuan no mercado onshore estão fechadas devido ao feriado do Ano Novo Lunar.

A China também anunciou que investigar a Google por alegada violação das leis antitrust (práticas de monopólio) chinesas, de acordo com um comunicado da Administração Estatal para a Regulação do Mercado do país citado pelo Público.

Quais são os argumentos dos chefes de Estado

O Ministério do Comércio da China defendeu que a imposição de uma tarifa de 10% sobre produtos chineses importados para os Estados Unidos “viola seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio”.

Enquanto o México e o Canadá foram rápidos a suspender as tarifas, a China continuou a ameaçar o aumento das taxas, considerando que a decisão dos EUA "não só é inútil para resolver os seus próprios problemas, como também prejudica a cooperação económica e comercial normal entre a China e os Estados Unidos”.

Trump apelidou a nova medida de Pequim como um fracasso em impedir o fluxo de drogas ilegais e, por isso, aplicou uma taxa geral sobre as importações chinesas. As ordens executivas de Trump incluíam cláusulas de retaliação que prevêem o aumento dos direitos aduaneiros se os países responderem da mesma forma.

A chamada agendada para hoje procurará responder a esta questão.

Trump também vai estar com Nethanyau na próxima terça-feira para negociar a segunda fase de acordo da libertação de reféns e o cessar-fogo em Gaza.