A porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, comunicou aos jornalistas as intenções do Presidente, sem no entanto precisar o conteúdo daquela ordem.
Na terça-feira, a rede social Twitter assinalou pela primeira vez dois ‘tweets’ do Presidente dos Estados Unidos com um ‘link’ de "verificação de factos" no rodapé das mensagens em questão, por considerar "infundadas" e "potencialmente enganosas" as afirmações de Trump relacionadas com o voto por correspondência no país.
Este procedimento nunca tinha sido aplicado ao chefe de Estado norte-americano, que conta com mais de 80 milhões de seguidores no Twitter.
O alerta do Twitter ocorreu depois de Trump ter difundido afirmações em que assegurava que o voto por correspondência nas presidenciais de novembro nos Estados Unidos pode ter consequências fraudulentas.
Trump falava depois de o governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, ter decidido enviar boletins de voto por correspondência a todos os eleitores registados no estado, como medida excecional para a votação no contexto da atual epidemia da covid-19.
Em reação à decisão da rede social, Trump rejeitou, ainda na terça-feira, a interferência do Twitter na "liberdade de expressão", acusando ainda a plataforma de interferir nas eleições presidenciais agendadas para novembro deste ano.
"O Twitter está a reprimir por completo a liberdade de expressão e eu, como Presidente, não o vou permitir", declarou.
Na quarta-feira, em nova mensagem no Twitter, Trump ameaçou mesmo regular ou fechar as redes sociais.
"Os republicanos sentem que as plataformas de redes sociais censuram totalmente as vozes conservadoras. Vamos regulamentá-las severamente, ou fechá-las, para evitar que isso aconteça", escreveu o chefe de Estado norte-americano numa mensagem (‘tweet’) naquela rede social.
O Twitter é a rede social mais utilizada por Trump para comunicar diretamente com apoiantes os seus simpatizantes, sem passar pelo filtro do jornalismo.
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