Segundo a empresa, numa resposta escrita enviada à Lusa, “até hoje a Área Metropolitana de Lisboa (AML) não apresentou o modelo de compensação aos operadores para 2020”, pelo que ainda “não há condições para qualquer ajustamento” dos salários.

Os motoristas desta rodoviária estão hoje em greve, até às 03:00 de sexta-feira, exigindo um “salário equiparado ao da Carris”, uma medida que a empresa também defende.

“Antes do final do ano os trabalhadores foram informados de que a administração defende a implementação do mesmo modelo remuneratório em todo o setor dos transportes quer para as empresas públicas, quer para as privadas, dando como exemplo a seguir os níveis remuneratórios praticados na Carris”, referiu a transportadora.

No entanto, explicou, só será possível aplicar a medida depois de saber “quais os montantes a que o Governo, através da AML, está disponível para compensar os operadores pelo PART [Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes]”.

“A administração irá continuar a desenvolver esforços no sentido de ter da AML uma resposta que permita, já na reunião a agendar com os sindicatos para a segunda quinzena de fevereiro, estabelecer os ‘timings’ e respetivos níveis para a atualização salarial aos seus colaboradores”, referiu.

Segundo a empresa, a adesão dos trabalhadores à greve de hoje foi de 79% até às 12:00, o que vai ao encontro da informação transmitida pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) de que o serviço rodoviário esteve “paralisado” esta manhã nos quatro concelhos em que opera, no distrito de Setúbal.

“Neste momento a empresa está paralisada e, desta vez, com as oficinas também paralisadas em todos os concelhos. Se circularem autocarros são só meia dúzia. Não tem havido carreiras para Lisboa e se acontecer uma é por acaso, porque o parque automóvel está praticamente cheio”, disse à Lusa o sindicalista João Saúde.

Os trabalhadores reuniram-se em plenário entre as 10:00 e as 12:00 e, segundo o responsável, “deram aval aos sindicatos para agendar uma reunião com a administração até ao final de fevereiro”.

Neste sentido, acrescentou, só depois desta discussão será possível decidir “se é necessário encetar novas formas de luta”.

A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos: Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.

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