O Jebi é o 20.º da temporada dos tufões na Ásia e afetou o Japão com tempestades e rajadas de ventos que alcançaram 220 km/h em alguns pontos.
Onze pessoas morreram e mais de 600 ficaram feridas, avança a agência France-Presse (AFP). De acordo com a emissora pública NHK, um homem de 71 anos morreu em Shiga após ficar preso num depósito que caiu com a ventania.
Segundo a agência de notícias Jiji, cinco mortes ocorreram na região de Osaka.
As autoridades pediram a vários moradores que abandonassem as suas casas em áreas inundadas ou que pudessem ser atingidas pelo fenómeno. Recomendaram a quase 1,2 milhão de habitantes que procurassem abrigos e 16 mil receberam ordem de saída, mas a medida não é obrigatória.
O tufão provocou danos materiais consideráveis.
Um petroleiro ficou retido sob uma ponte que leva ao aeroporto internacional de Kansai, perto de Osaka (oeste). Este aeroporto, construído sobre o mar, foi inundado e foi fechado depois do subsolo e das pistas ficarem submersas.
A NHK informou que vários passageiros ficaram presos no terminal.
Imagens de televisão mostraram andaimes destruídos pelo vento, árvores no chão, vitrines de lojas quebradas, postes tombados, ruas inundadas, caminhões virados e o mar agitado em todas as direções.
O sistema de transporte foi muito afetado e várias companhias aéreas cancelaram quase 800 voos por precaução.
Além disso, várias linhas de comboios suspenderam as viagens, incluindo os comboios de alta velocidade Shinkansen, que fazem o trajeto entre Tóquio e Osaka e que transportam centenas de milhares de passageiros todos os dias. Em Kyoto, uma parte do teto da estação ferroviária desabou com a passagem do tufão.
As grandes estabelecimentos comerciais da região de Osaka decidiram fechar portas.
Várias grandes empresas do país, incluindo Toyota, Honda e Panasonic, suspenderam a produção, enquanto outras pediram aos funcionários que ficassem em casa. As escolas também suspenderam as aulas nesta terça-feira.
Mais de 1,4 milhão de residências e edifícios ficaram sem energia elétrica, de acordo com a imprensa.
O primeiro-ministro Shinzo Abe convocou uma reunião de emergência para monitorar a situação de crise.
Com ventos de entre 160 e 190 km/h na parte central (além de rajadas de até 220 km/h), Jebi entra na categoria "muito potente", "o mais potente desde 1993", afirmou à AFP Ryuta Kurora, diretor da agência nacional meteorológica.
O Japão foi afetado duas vezes por tufões muito fortess, em 1991 e em 1993.
[Notícia atualizada às 14h50 de 5 de setembro]
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