No entanto, Hakan Fidan admitiu que a Turquia poderá aprovar a adesão da Suécia à aliança militar caso Estocolmo “termine o seu trabalho” e contemple as preocupações de Ancara.
“A Turquia desaprova o recurso à pressão. Atuamos segundo os nossos princípios”, afirmou Fidan em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo jordano.
“A questão de saber se a adesão da Suécia à NATO constitui um problema ou uma vantagem em termos estratégicos e securitários é cada vez mais um tema de debate”, acrescentou o ministro, a uma semana da cimeira anual da NATO prevista para 11 e 12 de julho em Vilnius.
Para quinta-feira está prevista em Bruxelas uma reunião entre a Turquia e a Suécia, que deverá juntar os ministros dos Negócios Estrangeiros, chefes dos serviços de informações e conselheiros da segurança nacional.
A Turquia, que desde maio de 2022 bloqueia a entrada da Suécia na NATO, emitiu fortes críticas a Estocolmo na semana passada após a queima de um Corão na capital sueca durante um protesto, um ato “firmemente condenado” e qualificado de “islamofobia” pelo Governo local.
Semelhante ato “altera a perceção que temos sobre a segurança na Suécia”, considerou o ministro.
Uma provocação similar ocorreu em janeiro por parte de um militante de extrema-direita.
A Turquia também censura Estocolmo pela sua alegada indulgência face aos militantes curdos refugiados na Suécia, apesar de diversas leis aprovadas recentemente pelo Governo de direita e que penalizam estes exilados.
Ancara exige a extradição de dezenas de militantes que considera “terroristas” e que residem na Suécia.
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