“É um dia histórico. Ao contrário do que muita gente achava, foi possível estabelecer-se um consenso para abrir as negociações quer com a Ucrânia, quer com a Moldova, e também um impulso forte no que diz respeito aos Balcãs Ocidentais”, disse António Costa aos jornalistas, depois de o Conselho Europeu, reunido em Bruxelas, conseguir abrir as negociações formais com os dois países.

O consenso só foi possível porque o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, saiu da sala no momento da decisão, desbloqueando o impasse criado pela própria Hungria.

António Costa revelou que esta opção, prevista nos Tratados da União Europeia (UE), “foi devidamente acordada” com Orbán.
“A Hungria não queria bloquear a decisão, mas não se queria associar à decisão. Depois da discussão, que foi longa, concluiu-se que, não querendo bloquear a decisão, mas também não se querendo associar, havia uma forma elegante de resolver, que era não estar na sala no momento da votação desse ponto”, sustentou o primeiro-ministro demissionário.