“Dezassete drones foram abatidos pelas nossas forças de defesa aérea”, disse Oleg Kiper, admitindo que outros aeronaves não tripuladas russos conseguiram alcançar os objetivos.
“Em várias localidades do distrito de Izmail, armazéns e edifícios de produção, máquinas agrícolas e equipamentos de empresas industriais foram danificados”, explicou o governador, na plataforma de mensagens Telegram.
“Deflagraram vários incêndios [em infraestruturas civis] no território devido à queda de destroços” após os drones terem sido abatidos, acrescentou Kiper, especificando que as chamas foram posteriormente extintas.
O governador disse que o ataque, que durou três horas e meia e não causou vítimas mortais ou feridos, foi lançado com recurso a drones kamikaze Shahed, fabricados pelo Irão.
O Comando Operacional para o Sul da Ucrânia do exército, por seu lado, descreveu um “grande ataque noturno” realizado com recurso a drones contra “infraestruturas civis na área do [rio] Danúbio”.
O porto fluvial de Izmail tornou-se uma das principais rotas de saída dos produtos agrícolas ucranianos desde que Moscovo abandonou o acordo de exportação de cereais em Julho.
Durante a noite de sábado para domingo, 25 drones russos atacaram instalações industriais no Danúbio, deixando dois feridos, informou o Ministério Público da Ucrânia.
O Ministério da Defesa russo, por sua vez, afirmou ter realizado um ataque com estes dispositivos contra o porto de Reni, também na região de Odessa, junto à fronteira com a Roménia, um país membro da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte).
O ataque visou “depósitos de combustível utilizados para reabastecer o equipamento militar do exército ucraniano no porto de Reni”, afirmou o ministério.
A coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia condenou os ataques de domingo, lembrando que as instalações de exportação de cereais ucranianas servem para fornecer alimentos a todo o mundo e evitam uma escalada dos preços.
A canadiana Denise Brown lembrou que “infelizmente este não é um caso isolado”, referindo-se aos “repetidos ataques contra os portos da Ucrânia” levados a cabo por Moscovo desde que decidiu pôr fim à sua participação na Iniciativa de Cereais do Mar Negro.
Este acordo, que envolvia Moscovo, Kiev, Ancara e Nações Unidas, permitia o tráfego marítimo a partir dos portos do sul da Ucrânia bloqueados pela frota russa na região.
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