“É com muita tristeza que anunciamos que o nosso amado Chrissy foi morto ao lado do seu colega Andrew Bagshaw, enquanto tentavam realizar uma retirada humanitária em Soledar”, no leste da Ucrânia, adiantou a família de Christopher Parry em comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.

“Ele não conseguiu deixar de ir para a Ucrânia em março, no momento mais sombrio no início da invasão russa, para ajudar aqueles que mais precisavam, salvando mais de 400 vidas e as de muitos animais abandonados”, acrescentou a família.

Christopher Parry, de 28 anos, e Andrew Bagshaw, de 48 anos e que vivia antes da guerra na Nova Zelândia, de acordo com os ‘media’ daquele país, estavam desaparecidos há várias semanas.

O empresário próximo do Kremlin e fundador do grupo paramilitar Wagner, Evguéni Prigojine, tinha divulgado em 11 de janeiro que os seus combatentes encontrar o corpo de um dos britânicos em Soledar.

Esta cidade no leste da Ucrânia, que tinha 10.000 habitantes antes da guerra, foi amplamente destruída em bombardeamentos no início de janeiro.

Um primeiro comboio humanitário chegou a Soledar na sexta-feira, para ajudar a população.

O Exército russo e os mercenários do grupo Wagner anunciaram há quase duas semanas que conquistaram esta localidade perto de Bakhmout, que os russos tentam conquistar há meses.

No entanto, os ucranianos não reconheceram oficialmente a queda de Soledar, assegurando que os combates continua na zona ocidental.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Minsk e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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