Segundo o portal Ukrinform, que cita fontes regionais, as mortes dos civis aconteceram em Donetsk, na região leste do país, onde as tropas ucranianas tentam retomar o controlo das áreas ocupadas pelos russos.

Em Nikopol, no sul do país, os ataques russos danificaram dezenas de edifícios residenciais, bem como a rede de gás e de eletricidade.

Entretanto, em Izium, uma das localidades libertadas no país, iniciou-se a tarefa de identificação dos cadáveres encontrados nas sepulturas, alguns deles com sinais de tortura.

De acordo com a vice-primeira-ministra e ministra para a Reintegração dos Territórios Ocupados da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, foram já exumados 59 corpos, tendo sido identificado um número ainda não determinado, informa a Ukrinform.

Os cadáveres correspondem a 16 civis masculinos, 26 mulheres e 17 soldados, a maioria dos quais com sinais de não ter morrido de forma natural.

Até à data foram encontradas nos arredores da cidade recentemente libertada das tropas russas 440 sepulturas.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sua última mensagem, no sábado à noite, acusou Moscovo de “práticas nazis”, semelhantes às atrocidades cometidas na II Guerra Mundial.

Na sua anterior mensagem vídeo, na noite de sexta-feira, o líder ucraniano apelou à comunidade internacional para que atue contra a Rússia e comparou a situação em Izium com os crimes de guerra revelados em abril em Bucha, na periferia de Kiev.