“Tempos perigosos, onde se levantam novas censuras e a pretexto da guerra se sanciona a cultura e o desporto nas pessoas que a fazem e praticam, à revelia dos tão proclamados valores ocidentais. Que hostilizam e 'queimam' na praça pública quem se atreva a ir ao arrepio da cartilha ditada e imposta pelas autoridades do pensamento único”, criticou o secretário-geral do PCP.
Durante uma sessão comemorativa do 80.º aniversário do nascimento de Adriano Correia de Oliveira, em Lisboa, Jerónimo de Sousa condenou a discriminação “disfarçada” que é “campo aberto para as guerras civilizacionais que as forças reacionárias e fascizantes reclamam”.
Jerónimo de Sousa sustentou que a União Europeia (UE) está “há muito” a percorrer “um terreno cada vez mais ambíguo e perigoso que já levou à criação da missão para a 'defesa do modo de vida europeu'”.
O dirigente comunista considerou que as canções de Adriano Correia de Oliveira continuam necessárias “neste tempo, onde navegam todos os racismos, dos mais subtis aos mais descarados e explícitos”, assim como as “xenofobias doentias deliberadamente acicatadas e ampliadas” por uma “propaganda de guerra, onde os povos são estigmatizados e perseguidos e o património cultural de cada um e até o de reconhecido valor universal é colocado na pira da intolerância”.
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