“Ameaçadas de cerco, as tropas aliadas foram retiradas de Lyman para posições mais favoráveis”, informou o Ministério da Defesa russo, em comunicado, referindo-se a um posto onde as forças controladas por Moscovo tinham posicionado cerca de 5.000 soldados.
Nas últimas horas, as forças ucranianas tinham anunciado a entrada em Lyman, na região de Donetsk, cuja anexação pela Rússia tinha sido celebrada na sexta-feira por Moscovo.
“Lyman é um posto importante, já que constitui o próximo passo para a libertação do Donbass. Esta é uma oportunidade para avançarmos para Kreminna e para Sievierodonetsk, pelo que se torna psicologicamente muito relevante”, admitiu Serhii Cherevatyi, porta-voz das forças ucranianas.
Lyman constitui um importante centro logístico, um relevante entroncamento ferroviário e um posto fundamental para a frente russa na Ucrânia.
Líder checheno defende que Rússia deve recorrer a armas nucleares
"Na minha opinião, medidas mais drásticas devem ser tomadas, incluindo a declaração de lei marcial nas áreas de fronteira e o uso de armas nucleares de baixa potência", disse Kadyrov, numa mensagem na rede social Telegram, onde condenou o "nepotismo" no seio do exército russo.
"Devemos realizar a 'operação militar especial' no sentido pleno do termo, em vez de nos limitarmos a brincar", ironizou este líder, próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, que esteve presente na sexta-feira em Moscovo para a formalização da anexação de territórios ucranianos pela Rússia.
"Não devemos tomar decisões tendo em conta a 'comunidade ocidental-americana'", criticou o líder checheno, lembrando que o Ocidente pretende prejudicar a Rússia.
Kadyrov lamentou que o coronel-general russo encarregado das operações em Lyman, Alexandre Lapin, "não forneceu as informações necessárias" aos soldados encarregados da defesa desta cidade no leste da Ucrânia, da qual os russos anunciaram hoje a sua retirada, alegadamente para "procurar melhores posições".
O líder checheno também criticou a cadeia de comando do exército russo, denunciando práticas de nepotismo.
"Não pode haver lugar para nepotismo no exército, especialmente nestes tempos difíceis", explicou Kadyrov.
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