“Parece claro que aquele milhão [de munições de grande calibre para Kiev] que tinha sido mencionado não se vai atingir, mas o objetivo que nós temos é o de entregar o máximo possível em janeiro, em fevereiro, em março e ao longo de 2024”, disse João Gomes Cravinho, no final de uma reunião dos ministros da UE com a pasta da diplomacia, em Bruxelas.
Em março de 2023, o alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, anunciou um plano para adquirir até março de 2024 um milhão de munições de grande calibre para satisfazer as necessidades da Ucrânia, que está há praticamente dois anos a tentar repelir uma invasão da Rússia, que anexou uma grande porção do território ucraniano.
Até novembro do ano passado, a UE apenas tinha alcançado pouco mais de 30% do objetivo de um milhão de munições de 155 milímetros que prometeu.
João Gomes Cravinho admitiu que há “um consenso absoluto” entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE sobre a necessidade de evitar “qualquer noção de derrotismo”.
“Houve um sentimento [durante a reunião] de reforço da solidariedade em relação à Ucrânia, contrariando algumas mensagens mais negativas que por vezes se vêm na comunicação social, entre os comentadores. Temos consciência, todos, de que há uma guerra em curso, que será longa e que tal como aconteceu com a Segunda Guerra Mundial requer determinação, perseverança e convicção”, completou o ministro português.
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