Parlamento e Conselho europeus alcançaram hoje um acordo sobre a segunda proposta da Comissão Europeia de alargamento da lista de substâncias químicas reconhecidas como cancerígenas no local de trabalho.
Com este acordo, que terá de ser ainda votado pelos eurodeputados, passam a ser abrangidas pela Diretiva dos Agentes Cancerígenos e Mutagénicos mais oito substâncias, incluindo os gases de escape dos motores a diesel, de acordo com um comunicado da Comissão Europeia.
A diretiva estabelece valores-limite de exposição dos trabalhadores a agentes cancerígenos e mutagénicos para reduzir os riscos para a sua saúde.
Da lista das oito substâncias fazem parte a epicloridrina (usada na produção de papel), o dibromoetano (utilizado na preparação de corantes e medicamentos), o dicloroetano (usado em plásticos, como solvente e para remover o chumbo da gasolina), a metilenodianilina (para espumas) e o tricloroetileno (usado em adesivos e como desengordurante de peças metálicas).
Os restantes compostos químicos são as misturas complexas de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (usadas na produção de alumínio, na liquefação de carvão, em coberturas e pavimentos e na conservação de madeira) e os óleos de motores usados (utilizados em motores a diesel de automóveis, barcos, aviões e comboios).
Segundo a comissária europeia para o Emprego e os Assuntos Sociais, Marianne Thyssen, "mais de 20 milhões de trabalhadores na Europa ficarão mais bem protegidos", em particular os das indústrias química, metalúrgica e automóvel, os motoristas profissionais, os operários da construção civil e os funcionários portuários e de armazém.
"Demos mais um passo importante na proteção dos trabalhadores europeus contra os cancros ligados ao trabalho", assinalou, citada em comunicado da Comissão Europeia, a propósito do acordo alcançado pelas instituições europeias.
O acordo provisório de hoje será apresentado ao Comité de Representantes Permanentes do Conselho Europeu antes de ser votado no Parlamento.
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