Durante uma visita a Talin, o comissário do Mercado Interno e da Indústria explicou que a prioridade é garantir que a maioria dos projéteis de artilharia produzidos por empresas europeias se destinem à Ucrânia, país em guerra contra as forças russas que a invadiram há dois anos.

“Estamos num momento crucial para a nossa segurança coletiva na Europa. Na guerra de agressão liderada pela Rússia na Ucrânia, a Europa deve e continuará a apoiar a Ucrânia com todos os seus meios”, assegurou Breton.

Falando ao lado do primeiro-ministro da Estónia, Kaja Kallas, o comissário garantiu que a União Europeia atingirá o seu objetivo de ter uma capacidade de produção de um milhão de munições por ano já em março ou abril.

“Continuaremos a melhorar a nossa capacidade de produção, provavelmente para cerca de 1,3 a 1,4 milhões (…) no final deste ano, e continuaremos a aumentá-la significativamente no próximo ano”, acrescentou Breton.

O comissário europeu recusou-se a revelar os números atuais da produção, dizendo que eram dados secretos.

“Com esta capacidade de produzir um milhão de munições (…) precisamos de garantir que a maior parte vai para a Ucrânia. Porque é aí que há uma necessidade urgente”, explicou Breton.

Kallas observou que, de acordo com a Coreia do Sul, Pyongyang forneceu mais de um milhão de projéteis de artilharia a Moscovo em troca de aconselhamento sobre tecnologia militar de satélites.

“Se a Coreia do Norte consegue fazê-lo, a Europa certamente também consegue”, acrescentou o primeiro-ministro da Estónia, reforçando a ideia de que a Ucrânia continuará a contar com a Europa.