A nova rede de transportes públicos rodoviários no distrito de Setúbal, sob a gestão da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), começou a operar no início do mês de junho, apenas nos concelhos de Alcochete, Moita, Montijo Palmela e Setúbal.

Em Almada, a operação iniciou-se a 01 de julho tendo como concessionária a mesma empresa, a TST e, segundo BE, a situação está "um caos".

“Os utentes indignaram-se contra carreiras cheias, falta de horários de manhã e à noite, supressão de carreiras fundamentais para o município sem alternativas viáveis, fraca oferta de serviços em áreas dos concelhos onde o acesso à mobilidade é já reduzido, supressão de destinos em Lisboa que obrigam a transbordos e deslocações mais longas, falta de informação sobre horários e trajetos, falta de sinalização das paragens, a falta de coordenação com outros meios de transporte públicos, entre outros problemas”, refere o BE num requerimento.

A supressão de carreiras e horários, adianta o BE, impede a deslocação de e para o trabalho de milhares de trabalhadores que residem em freguesias como a Costa da Caparica, Charneca de Caparica ou Sobreda.

“Perante este quadro, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda considera urgente ouvir o Presidente do Conselho de Administração da TML, Faustino Gomes, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação”, refere o BE.

Na quinta-feira, a presidente da Câmara Municipal de Almada assegurou que, a partir de 08 de julho seria reforçada a oferta da Carris Metropolitana para os períodos da manhã e da noite nas linhas 3009, 3012, 3022, 3030, 3507 e 3710.

Numa mensagem na sua página no Facebook Inês de Medeiros explicou que esta alteração “resulta da auscultação aos munícipes, bem como, da pressão e trabalho conjunto da Câmara Municipal de Almada e da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), para resolver alguns dos constrangimentos identificados desde o início da operação”.

Este anúncio surgiu depois de vários munícipes do concelho de Almada terem criticaram o serviço prestado no concelho pela Carris Metropolitana, durante a reunião extraordinária da Assembleia Municipal, alertando que existem menos carreiras e menos autocarros a circular.

A operação da Carris Metropolitana iniciou o serviço na chamada área 3, composta por Almada, Seixal e Sesimbra a 01 de julho, um mês depois de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.