Marcelo Rebelo de Sousa

"Portugal perdeu hoje [17 de fevereiro] um dos seus mais brilhantes economistas da segunda metade do século XX", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em comunicado.

João Salgueiro tinha sido condecorado em dezembro de 2021 pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, no encerramento do 5.º Congresso da Sedes.

Luís Montenegro

“Em meu nome e do PPD-PSD apresento a consternação por ver partir um dos nossos, um homem com invulgar inteligência, liberdade e dedicação à causa pública”, escreveu Luís Montenegro na sua conta do Twitter.

O líder social-democrata lembrou ainda que João Salgueiro “pensou e fez pensar Portugal”.

António Costa Silva

“Eu penso que é um dia triste para o país, porque o doutor João Salgueiro foi um dos economistas mais brilhantes que o país já teve”, disse António Costa Silva aos jornalistas em Seia, no distrito da Guarda, à margem da inauguração da 46.ª Feira do Queijo Serra da Estrela.

O ministro da Economia lembrou que João Salgueiro “participou em funções governativas, desenvolveu sempre a sua visão para o futuro da economia portuguesa”, pelo que teve “uma participação ao nível cívico e ao nível governativo que é muito apreciada”.

“É uma grande perda para o país. Temos que superar isso e continuar todo o esforço que estamos a fazer para transformar a economia portuguesa e prepará-la melhor para o futuro”, concluiu António Costa Silva.

Cavaco Silva

“Foi com tristeza que recebi a notícia da morte do Dr. João Salgueiro, um homem que procurou, com os seus conhecimentos de economia e a sua intervenção política e cívica, ajudar o nosso país a encontrar o rumo certo”, lê-se numa nota enviada à Agência Lusa.

Cavaco Silva, sublinhou, em especial, o papel de João Salgueiro enquanto membro fundador da SEDES [Associação para o Desenvolvimento Económico e Social], “associação que vem dando um importante contributo para a identificação das reformas indispensáveis à construção de um Portugal de ambição, e da qual permaneceu sempre um associado muito ativo”.

“A vida cruzou o meu destino com o de João Salgueiro, algo inesperadamente, no Congresso da Figueira da Foz, em que disputámos a liderança do PSD. Mantive sempre uma boa relação com o Dr. João Salgueiro, beneficiando em diferentes momentos dos seus conselhos alicerçados num sólido pensamento económico”, lembrou ainda Cavaco Silva.

O ex-presidente recordou também a condecoração do economista com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, conferida a 10 de Junho de 2010, referindo que esta constituiu um “reconhecimento do contributo” que deu ao país enquanto governante e enquanto cidadão e que quero agora, na hora da sua partida, quis reiterar.

“Em meu nome e no da minha mulher, envio à sua família as mais sentidas condolências”, disse ainda.

Augusto Santos Silva

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, recordou hoje João Salgueiro como “um economista e político que marcou a vida pública portuguesa do seu tempo”.

“Ajudou-nos a pensar os caminhos do nosso desenvolvimento. Honra à sua memória”, escreveu o presidente do parlamento, numa mensagem na sua conta da rede social Twitter.

Paulo Rangel

"Homem culto, inteligente e patriota. De espírito livre e independente, preocupado com o seu país e as suas gentes. Com os olhos e o coração nos mais vulneráveis. Um social democrata de gema, moderado e realista", disse sobre João Salgueiro o eurodeputado social-democrata Paulo Rangel, esta noite, no Twitter.

SEDES

Num comunicado hoje divulgado, a SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, afirma que a associação "está de luto com a morte de um dos seus fundadores e a sua alma", adiantando que "humanista e democrata, João Salgueiro era um Patriota sempre ao serviço, tinha um sentido de missão único e uma visão de futuro, por um país mais justo e equitativo".

"Perde o país e perdemos todos, com o falecimento um dos portugueses mais brilhantes das últimas décadas, deixou-nos um Português maior, uma referência e exemplo que procuraremos sempre honrar", considera a SEDES.

A SEDES refere ainda que João Salgueiro foi presidente da Assembleia Geral da SEDES, da qual foi fundador em 1970, economista e político, foi vice-governador do Banco de Portugal (1974), ministro de Estado e das Finanças (1981-1983), presidente da Caixa Geral de Depósitos (1996-2000) e presidente da Associação Portuguesa de Bancos (1994-2009).

João Salgueiro "exerceu funções de docente em diversas universidades, foi membro do Conselho Económico e Social (CES), vice-presidente do Conselho da Federação Bancária Europeia e presidente do Conselho Geral da Associação EuroDefense-Portugal", indica a SEDES, precisando que o economista "foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo (2010) e, na qualidade de fundador e presidente da Assembleia Geral da SEDES, foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2021)".

PSD

O PSD enviou uma nota de pesar às redações lembrando que o percurso de vida de João Salgueiro “acompanha a história do PSD e de Portugal”, sublinhando que este “foi um notável cidadão, economista exímio e respeitado”.

“Por diversas vezes foi chamado ao exercício de funções públicas, cumprindo-as e distinguindo-se com inteligência, seriedade e amor à liberdade”, pode ler-se na nota.

Segundo o PSD, João Salgueiro “pensou e fez pensar Portugal, tendo sido co-fundador da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social. O seu legado ultrapassará o seu desaparecimento”.

“Neste momento de consternação, o PSD expressa a mais sentida gratidão pelo trabalho e dedicação à causa pública do doutor João Salgueiro, e apresenta condolências à sua família e amigos”, acrescentou a nota.

Associação Portuguesa de Bancos

Numa curta nota enviada às redações, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) referiu ter sido “com enorme pesar” que tomou conhecimento da morte de João Salgueiro, apresentando as suas condolências à família.

“Ilustre economista, gestor bancário, governante e cidadão civicamente empenhado, João Salgueiro deixa uma marca indelével na sociedade portuguesa, cujo desenvolvimento sempre norteou a sua ação”, pode ler-se na nota.