Segundo o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, nos próximos meses Lisboa irá “ter obras atrás de obras que vão incomodar as pessoas”, mas são necessárias.

Entre estas obras estão a expansão do Metro de Lisboa, a realização do Plano de Drenagem, para evitar situações de cheias na capital, a reabilitação da rede de saneamento e a repavimentação de vias, obras que já estão a condicionar o trânsito nas imediações da Rua da Prata e da Alameda Infante D. Henrique, respetivamente.

Por isso, a autarquia tem um plano para “incutir nos condutores a ideia de que é possível tornear as zonas problemáticas” da Baixa e frente ribeirinha, utilizando, em alternativa, o que foi apresentado como “a 5.ª Circular”, um percurso que vai levar o trânsito de atravessamento da cidade a usar vias de Alcântara, Estrela, Rato, Conde Redondo, Praça do Chile, Praça Paiva Couceiro e Parque das Nações, evitando o centro de Lisboa.

Segundo o vereador com a pasta da mobilidade, Anacoreta Correia, entre as medidas de condicionamento de trânsito à Baixa está a proibição de acesso a veículos com mais de 3,5 toneladas entre as 08:00 e as 20:00, quer sejam viaturas para abastecimento de estabelecimentos comerciais ou autocarros de transporte turístico, e esta é uma medida que quase de certeza se manterá mesmo depois de as obras acabarem.

A exceção a esta regra serão os autocarros dos transportes públicos, como os da Carris.

O vereador salientou que “o plano é dinâmico”, não tem, para já, um fim à vista e vai ter alterações consoante a conclusão das obras vai progredindo.

“Vamos testar algumas destas medidas e reavaliar. Algumas poderão manter-se para além destas obras e outras não”, destacou, salientando que a proibição de veículos pesados será das que “vai manter-se” e que se têm realizado reuniões com associações de comerciantes, a quem estas medidas causam transtorno.

Anacoreta Correia salientou que as circunstâncias obrigam a que todas estas obras decorram em simultâneo, exemplificando que a expansão do metro tem a janela temporal do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), incluindo durante o período em que se realizam as Jornadas Mundiais da Juventude, na primeira semana de agosto.

O autarca referiu ainda que o município está “à procura de soluções” de estacionamento, com a EMEL – Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa e “privados que estejam disponíveis para soluções de estacionamento para residentes” e comerciantes das zonas afetadas e também com parques dissuasores nos arredores, para quem quer entrar na capital.

Estas soluções de estacionamento “serão para este mandato” autárquico, adiantou.

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