Para o Presidente da República, Agustina era “uma mulher política, no sentido de viver o que é ser-se político, na dimensão mais profunda do termo”.
Aos jornalistas, depois de ter discursado nos claustros do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, Marcelo assinalou que a autora, natural de Amarante, “vibrava com aquilo que era o interesse nacional, vibrava com aquilo que considerava fundamental para a comunidade”.
“Essa sua independência, o seu amor a Portugal, essa sua ligação às raízes, é ser político para aquele tempo”, referiu, acrescentando que o país precisava que “todas as mulheres e homens fossem mais positivos, no sentido de lutarem na sua vida, no dia-a-dia, para tornarem Portugal melhor”.
“Ela era visceralmente portuguesa, sentia Portugal, não só naquilo pensava, naquilo que era a sua maneira de ser, tinha raízes”, acentuou.
A escritora Agustina Bessa-Luís nasceu em 1922, em Vila Meã, Amarante, e morreu a 03 de Junho de 2019, no Porto.
No início da década de 1950, o romance “A Sibila” (1954) fez de Agustina uma das principais escritoras na ficção portuguesa.
Títulos como “Vale Abraão” (1991), “As Terras do Risco” (1994) e “A Corte do Norte” (1987) foram adaptados ao grande ecrã pela mão de Manoel de Oliveira e de João Botelho.
A escritora colaborou em várias publicações periódicas e foi diretora do diário O Primeiro de Janeiro, no Porto, e do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.
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