"As emendas constitucionais e, em especial, a sua aplicação prática serão avaliadas à luz das obrigações da Turquia como país candidato à União Europeia e como membro do Conselho da Europa", disseram hoje, citados em comunicado conjunto, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, e o comissário europeu do Alargamento, Johannes Hahn.
"Tendo em conta o resultado do referendo e as implicações de grande alcance das emendas constitucionais, também apelamos às autoridades turcas que procurem o maior consenso nacional possível para a sua aplicação", referem ainda.
Os representantes europeus disseram que "tomaram nota" dos resultados do referendo na Turquia sobre as alterações à Constituição adotadas pela Assembleia Nacional turca a 21 de janeiro, que propunha substituir o sistema parlamentar por um sistema presidencialista.
"Estamos à espera da avaliação da missão internacional da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e da Agência para as Instituições Democráticas e Direitos Humanos também no que se refere a irregularidades", afirmaram Juncker, Mogherini e Hahn.
O Supremo conselho eleitoral (YSK) da Turquia anunciou que valida o resultado do referendo de hoje sobre as reformas constitucionais no país euroasiático, apesar dos protestos da oposição que pede recontagem de votos.
O diretor do YSK, Sadi Guven, confirmou a legitimidade do referendo pouco após o Presidente Recep Tayyip Erdogan ter clamado vitória, com base em resultados não oficiais.
Em conferência de imprensa, Sadi Güven afirmou que o 'sim' ficou à frente do 'não' por cerca de 1,25 milhões votos, com apenas 600.000 votos restantes por apurar, acrescentando que o resultado final será anunciado "daqui a 11 ou 12 dias".
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