O chefe da diplomacia europeia afirmou, numa mensagem partilhada na rede social Twitter, e citada pela agência Efe, que está a seguir as notícias relativas ao sucedido e assinalou que “as autoridades iranianas são responsáveis pelas vidas de todos os detidos, incluindo os defensores dos direitos humanos e cidadãos da UE [União Europeia]”.
“Transmiti as minhas mais sérias preocupações ao ministro dos Negócios Estrangeiros Abdolahian. Esperamos máxima transparência acerca da situação”, escreveu o responsável espanhol, previsivelmente um dia antes de os 27 Estados-membros da UE darem ‘luz verde’ a novas sanções contra Teerão, devido à morte de Mahsa Amini e pela repressão contra os manifestantes que protestavam contra a sua detenção e falecimento.
Pelo menos quatro pessoas morreram e 61 ficaram feridas num incêndio e em confrontos que se viveram no sábado à noite na prisão de Evin, em Teerão, onde, segundo a versão oficial, presos comuns pegaram fogo ao armazém de roupa, o que provocou o fogo e choques entre presos e funcionários do estabelecimento prisional.
A temida prisão de Evin, situada no oeste de Teerão, alberga presos políticos, estrangeiros e jornalistas numa área de 40 hectares, e foi denunciada por grupos de direitos humanos devido às suas más condições e supostas torturas.
Entre os reclusos encontram-se o irano-britânico Morad Tahbaz, o irano-americano Emad Shargi, a irano-francesa Fariba Adelkhah, o realizador de cinema Jafar Panahi ou o ativista opositor do regime Arash Sadeghi.
Alguns dos detidos, como a jornalista Niloufar Hamedi, o irano-americano Siamak Namazi ou o ativista Hossein Shanbezadeh informaram as suas famílias que não sofreram ferimentos na sequência do incêndio.
Segundo as autoridades iranianas, os quatro mortos tinham sido condenados por roubo.
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