A APECER, apresentada hoje na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, onde vai ficar instalada, propõe-se a organizar encontros e eventos culturais e científicos, promover a elaboração de estudos em matéria de diálogo entre diferentes confissões religiosas e realizar cursos livres em torno da mesma área, entre outras atividades.
Face às características particulares da Universidade de Coimbra, que conta com 20% de estudantes estrangeiros de mais de 100 países, fazia sentido “criar uma estrutura para acolher da melhor forma possível essa riqueza”, salientou o diretor da APECER, João Gouveia Monteiro.
Segundo o também professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), a academia pretende “desenvolver conhecimento entre as diferentes culturas e religiões numa perspetiva não confessional”.
Trata-se do “ensino do religioso e não do ensino religioso”, vincou João Gouveia Monteiro, salientando a perspetiva de formação e de debate em torno desta estrutura.
Para além de João Gouveia Monteiro como diretor da estrutura, a academia vai contar com o catedrático da FLUC Anselmo Borges como presidente honorário, sendo que o professor de antropologia Fernando Florêncio, o professor de direito João Carlos Loureiro e a professora da FLUC Maria do Rosário Morujão serão subdiretores.
A APECER conta ainda com um conselho consultivo, onde estão a diretora do Instituto Confúcio de Coimbra, Cristina Zhou, a coordenadora da Comissão Instaladora do Museu Judaico de Lisboa, Esther Mucznik, a investigadora da Universidade de Lisboa Faranaz Keshavjee, o professor de História das Religiões da Universidade de La Laguna (Espanha) Francisco Díez de Velasco, o presidente da Federação Hindu de Espanha, Juan Carlos Ramchandani, e o capelão da UC, Paulo Simões.
O primeiro evento organizado pela academia começa hoje, com o início de um curso livre de História das Religiões centrado nas “três grandes religiões abraâmicas” – cujas inscrições “esgotaram em menos de 48 horas” -, estando já programadas conferências, debates e um segundo curso livre (sobre religiões orientais) até ao final do ano.
“A nós cabe-nos formar as pessoas que vão para o mundo”, sublinhou o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, salientando a importância de promover “o diálogo e a abertura” no seio da comunidade académica, a partir de uma intervenção “descomprometida”.
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