Aquelas instituições vão receber 1,16 mil milhões de reais (260 milhões de reais), mais de metade dos 1,99 mil milhões de reais (440 milhões de euros) desbloqueados para toda a Educação do país sul-americano.
Das restantes verbas desbloqueadas, 270 milhões de reais (60 milhões de euros) são destinados a bolsas de estudo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); 105 milhões de reais (23 milhões de euros) vão para exames da educação básica e 290 milhões de reais (64 milhões de euros) para livros didáticos.
O valor remanescente segue para outros recursos e pagamento de contas, segundo a pasta da Educação, citada pela imprensa brasileira.
De acordo com o portal de notícias G1, com esta medida do Governo, a percentagem de verbas discricionárias bloqueadas (despesas não obrigatórias, como pagamento das contas de água e luz) das universidades diminuiu de 24,84%, anunciados no primeiro semestre, para 15%.
No total, continuam bloqueados 3,8 mil milhões de reais (840 milhões de euros) dos 6,1 mil milhões de reais (1,35 mil milhões de euros) suspensos desde o início do ano, quando o atual Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, chegou ao poder.
O Governo brasileiro anunciou em 20 de setembro o desbloqueio de 8,3 mil milhões de reais (dois mil milhões de euros) do orçamento para órgãos e ministérios, sendo a Educação a área mais favorecida com a libertação de verbas.
Além do Ministério da Educação, a pasta da Economia receberá 1,75 mil milhões de reais (380 milhões de euros) e a Defesa 1,65 mil milhões de reais (360 milhões de euros).
A pasta do Meio Ambiente, que atravessa uma crise motivada pelos incêndios na Amazónia, receberá 70 milhões de reais (15,3 milhões de euros), quase metade do que será desbloqueado para a Agricultura, que receberá 120 milhões de reais (26,2 milhões de euros).
Para a Presidência do país, serão cedidos 60 milhões de reais (13 milhões de euros).
Além dos 8,3 mil milhões de reais desbloqueados para órgãos e ministérios, o executivo libertou ainda 3,275 mil milhões de reais (720 milhões de euros), para uma reserva orçamental.
O valor total fazia parte dos 34 mil milhões de reais (7,4 mil milhões de euros) que estavam bloqueados para o Orçamento deste ano.
O Governo de Bolsonaro tem sido fortemente contestado pelo bloqueio de verbas na Educação, tendo já sido efetuados mais de quatro cortes no setor este ano, com milhares de bolsas de investigação a serem suspensas.
Em agosto, milhares de pessoas saíram às ruas de mais de 35 cidades brasileiras, manifestando-se contra os cortes na Educação, naquele que foi o terceiro protesto desde que o Governo anunciou o bloqueio de verbas no setor.
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