Durante a sessão de boas-vindas aos mais de 1.500 alunos estrangeiros, oriundos de cerca de 60 países, que chegam à cidade do Porto para dar início ao primeiro semestre de estudos, a vice-reitora Maria de Lurdes Correia Fernandes afirmou que o recorde de estudantes internacionais vai ser ultrapassado neste ano letivo, de 2018/2019.

“Este ano vamos receber mais de três mil estudantes de mobilidade, assim como também quase três mil estudantes de grau [mestrado]. Neste momento temos a expectativa de alargar o número no segundo semestre, ultrapassando os cinco mil estudantes, que representam 15% do total de estudantes da universidade e aproximando-nos da meta de 20% definidos pela União Europeia”, salientou.

Dos mais de 1.500 alunos que a instituição recebeu ao abrigo de programas de mobilidade internacional, como o Eramus+, cerca de 518 são brasileiros, 205 são espanhóis, 163 são italianos, 83 são alemães, 74 são polacos e 35 são macaenses.

Números que para a vice-reitora Maria de Lurdes Correia Fernandes são o resultado da “aposta que a universidade tem feito nos últimos anos na internacionalização”.

Com as portas da Reitoria do Porto abertas para uma receção que contou com música e comida à mistura, os estudantes contaram à Lusa os motivos que os levaram a escolher a Universidade do Porto como “casa” para os próximos meses.

Em conversa, Pablo Jiménez, de 20 anos e natural de Cádis, no sul de Espanha, desvendou que o Porto foi a sua primeira opção para dar início ao terceiro ano do curso de biotecnologia, isto porque recebeu “as melhores recomendações da cidade”.

“Falaram-me muito bem do Porto, da universidade e da experiência que passaram aqui. Foi aí que me perguntei a mim mesmo, porque não arriscar?”, afirmou o estudante espanhol que vai ficar no Porto nos próximos seis meses.

Já a estudante Chenning Wong Yuhefu, de 20 anos e oriunda da China, afirmou que foi “a língua portuguesa” que a fez vir estudar para o Porto.

“Vou para o terceiro ano do curso de Português e Mandarim e acho que esta experiência me vai ajudar bastante a melhorar o idioma. Espero, nos próximos dez meses conhecer mais pessoas, mas também conhecer o país, que tem uma atmosfera fantástica”, sublinhou a estudante.

Se no seio dos estudantes residem grandes expectativas para os próximos meses, também no seio da administração da Universidade do Porto, que acredita ser possível, no próximo ano, “projetar a construção de novas residências”.

“A nossa intenção é projetar a construção de novas residências que permitam acolher, quer estudantes nacionais como internacionais. Os estudantes estrangeiros trazem muito dinamismo e multiculturalidade à cidade, por isso, é também do interesse da cidade e da região ter termos para dar a estes alunos. É um investimento que a região deveria fazer neste momento”, salientou Maria de Lurdes Correia Fernandes.