Em resposta ao caso dos seguranças envolvidos em agressões a jovens junto às instalações da discoteca Urban Beach, em Lisboa, a AES considera “urgente o reforço de poderes das autoridades para que possam suspender o alvará destas ‘empresas-pirata’ que funcionam, a todos os níveis, à margem da lei”.
“Estamos a propor, no âmbito da revisão da Lei de Segurança Privada, mais poderes para cassação e apreensão do alvará e suspensão da atividade, quando os indícios forem claros e merecedores dessa repressão”, refere Rogério Alves, presidente da AES, em comunicado.
Para Rogério Alves, estas situações reiteradas de violência “acabam por destruir e afetar a imagem de uma atividade que é exercida por 35.000 profissionais em milhares de locais espalhados pelo país e com altíssimo nível de aprovação pública”.
Além do reforço de poderes das autoridades, a AES defende igualmente uma fiscalização “mais apertada a estas empresas-pirata”.
“É preciso haver uma vigilância muito mais apertada no combate a fenómenos criminais e ao trabalho não declarado que é o exercido por estas empresas que não cumprem o contrato de trabalho, o contrato coletivo, a lei fiscal e não cumprem as obrigações com a segurança social”, sublinha a AES, que representa as empresas mais significativas de segurança privada.
Sobre o caso de violência registado na madrugada de quarta-feira em Lisboa, a AES considera tratar-se de “uma conduta reprovável, lamentável e condenável que nada tem a ver com a atividade de segurança privada, mesmo que perpetrada por quem está habilitado a exercer esta atividade”.
A PSP deteve hoje três seguranças envolvidos nas agressões a jovens junto às instalações da discoteca Urban Beach na madrugada de quarta-feira.
Na sexta-feira, O Ministério da Administração Interna ordenou o encerramento do espaço, alegando não só o episódio de quarta-feira, mas também as 38 queixas sobre a Urban Beach apresentadas à PSP desde o início do ano, por alegadas práticas violentas ou atos de natureza discriminatória ou racista".
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