Hospitais, lares de idosos, cuidadores, bombeiros, condutores de ambulâncias: para continuar a trabalhar, todos os profissionais de saúde devem receber pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus até quarta-feira.
Dois meses após o ultimato dado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, uma minoria significativa não se vacinou contra o SARS-CoV-2.
De acordo com o último relatório das autoridades, de 07 de setembro, um pouco mais de 88% dos prestadores de cuidados em hospitais e lares receberam pelo menos uma dose e quase 94% entre os profissionais independentes.
A CGT, um dos principais sindicatos, que convocou manifestações para hoje contra a obrigatoriedade da vacina, alertou para um “desastre de saúde” se os profissionais desta área contrários à vacinação deixarem de poder exercer.
A FO-Santé, por sua vez, exigiu ao Governo “tempo adicional” para resolver “situações ingeríveis” em alguns hospitais, onde “estão a ser considerados encerramentos de serviços e camas” devido ao número insuficiente de profissionais vacinados.
O líder do sindicato CFDT, Laurent Berger, pediu na quinta-feira para “evitar ao máximo que as pessoas sejam sancionadas”.
Mas o executivo francês mantém-se firme.
“Não vamos recuar”, alertou o primeiro-ministro francês, Jean Castex, no final de agosto, enquanto o ministro da Saúde, Olivier Véran, prometeu “controlos sistemáticos”.
“Não hesitaremos se tivermos de ordenar suspensões”, afirmou a diretora da Agência Regional de Saúde (ARS) da região parisiense, Amélie Verdier.
“Esperamos que os que ainda hesitam se convençam com a firmeza demonstrada”, acrescentou Amélie Verdier.
Um número crescente de países, como Grécia, Itália, Hungria, Austrália, Canadá, Gâmbia, Zimbabué, entre outros, impõe a vacinação contra a covid-19 a certas categorias profissionais, como os setores da saúde, turismo ou administração pública.
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