"Os agendamentos são feitos com muita antecedência. E por isso essas pessoas [que agendaram vacinas para 14 e 15 de agosto] foram reagendadas ou para sexta-feira ou para segunda-feira", afirmou o vice-almirante em declarações aos jornalistas, em Viseu.
Desta forma, no fim de semana serão vacinados os jovens entre os 16 e os 17 anos, tal como já tinha sido adiantado pela task-force. "Todos os jovens que apareçam nos centros de vacinação, mesmo que não estejam agendados, serão vacinados", garantiu, referindo que durante a semana haverá ainda "casa aberta" para esta faixa etária.
"Queremos vacinar os jovens todos, há flexibilidade suficiente para dar uma oportunidade a esses jovens para serem vacinados. Mas não se esqueçam que no nosso processo há também pessoas para lá dos 18 anos para serem vacinadas, que não podem ser prejudicadas. Estamos a fazer um esforço extraordinário para vacinar toda a população", afirmou.
Contudo, Gouveia e Melo garantiu que "há disponibilidade, nos centros de vacinação, para vacinar uma grande quantidade de população".
"Nós precisamos que essa população se aproxime dos centros e saia um bocado do comodismo das férias — que são importantes, mas mais importante é não dar férias ao vírus. E para isso precisamos que os portugueses compareçam nos centros de vacinação. Temos vacinas, temos profissionais prontos para vacinar; precisamos de ter portugueses prontos para serem vacinados", lembrou.
O vice-almirante referiu ainda que "não há um drama", uma vez que "continuamos a vacinar a um ritmo superior a 80 mil pessoas por dia, mas queremos atingir ritmos de 120 mil pessoas por dia".
"Queremos dar a última pancada a este vírus, queremos encurralá-lo num canto para ele não poder condicionar a nossa sociedade. Queremos ver se em setembro estamos livres deste vírus, a ideia é, até ao fim de agosto, dar praticamente todas as primeiras doses que temos para dar e, depois, até ao fim de setembro, as segundas doses", explicou.
Gouveia e Melo disse ainda que o esquema de vacinação vai continuar a cumprir o previsto, "mas todo o esforço conjunto de emergência que está a ser feito tem de ser aproveitado".
"Estamos na fase final. Depois de termos nadado um oceano, vamos dar as últimas braçadas para chegar à praia. Não vamos deixar de dar as últimas braças", atirou.
O coordenador da task-force referiu ainda que há "cerca de um milhão e meio de pessoas para vacinar com a primeira dose", pelo que são essas as pessoas que têm de ser vacinadas, correspondentes "aos mais jovens".
Sobre a decisão da DGS de vacinar crianças entre os 12 e 15 anos, o vice-almirante garantiu que a demora não significa "nenhuma dúvida sobre a vacina", mas sim "ser inteligente". "Se há tempo para decidir, não decidir precipitadamente", afirmou.
"Espero que os pais desses jovens percebam uma coisa: a vacina é segura e eficaz e, numa pandemia, não ser vacinado com a vacina é ser vacinado com o vírus. É uma questão de tempo. Se não quiserem ser vacinados, correm o risco de serem infetados com o vírus, porque vivemos num tempo pandémico. Com esta variante, só com a vacinação [do maior número de pessoas] é que podemos proteger os que ainda não têm idade para ser vacinados. Quanto mais pessoas vacinadas, menos água o vírus tem para nadar. Isso é uma evidência", explicou o coordenador da task-force.
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